O comercial de 30 segundos está em crise?
Vivemos numa era em que vídeos de 7 segundos ditam tendências, e um deslize no tempo de atenção custa caro. Mas e o bom e velho spot de 30 segundos no rádio? O VT de 15 segundos no break da novela? Ainda tem espaço para eles?
Spoiler: tem. Mas não do jeito que era antes.
A Nova Batalha do Break Comercial
- O cenário mudou: as pessoas já não estão mais “presas” ao conteúdo linear.
- No rádio: troca de estação é um botão.
- Na TV: o celular virou a segunda tela (e muitas vezes, a principal).
- Os desafios:
- Concorrer com o feed infinito das redes sociais.
- Comunicar rápido, mas com impacto.
- Lidar com a rejeição crescente a publicidade tradicional.
“Se o público pode te ignorar com um clique, sua mensagem precisa ser impossível de ignorar.”
O que a era dos Reels, Shorts e TikToks nos ensinou
- Hook imediato: os primeiros 3 segundos valem mais que os outros 27.
- Narrativas não-lineares: Começar pelo meio, pelo conflito, pelo absurdo.
- Visual (ou sonoro) marcante: um som, uma voz, uma trilha que não seja “mais do mesmo”.
- Autenticidade vende mais que perfeição: Spots polidos demais parecem fake, frios e sem alma.
Técnicas de marketing para trazer o spot de volta à vida
Storytelling relâmpago
Construa uma microhistória, mesmo em 15 segundos. Comece com um problema real e termine com uma promessa crível.
Personagens carismáticos ou inusitados
Dê voz a um personagem que represente o público-alvo, ou use figuras improváveis (o encanador que virou coach, por exemplo).
Efeito “scroll stopper” adaptado ao áudio
No rádio, use efeitos sonoros inesperados, pausas dramáticas ou um sotaque fora do padrão para prender atenção.
Chamada emocional com CTA imediato
Gatilhos como escassez, humor, desafio ou empatia. E um call to action que não pareça “copiado do varejão”.
Integração com redes sociais
Termine o spot com um convite criativo para interagir no Instagram ou no WhatsApp. O comercial vira o começo de um funil.
Cases e inspirações
- Spot que começa com uma pergunta absurda (“Você já lavou seu sofá com vodka?”)
- VT que imita a linguagem dos memes (com trilha de dancinha e cortes rápidos)
- Comerciais com estética e ritmo de stories, mas adaptados ao rádio e TV
Um bom spot hoje precisa parecer que veio do digital, mesmo que esteja no meio da programação da rádio FM da cidade.
O spot não morreu. Ele só precisa reaprender a falar.
A boa publicidade é aquela que entende onde está o público e como ele pensa agora. Não se trata de abandonar o rádio ou a TV — trata-se de reaprender a usar essas mídias como pontes, e não como fins.
Enquanto muita gente está olhando só pro Instagram, há uma brecha poderosa (e mais barata) pra quem souber fazer spot raiz com alma de conteúdo viral.
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